top of page

Leia sobre as férias pra lá de confusa, relatado nesta crônica de Luis Fernando Veríssimo:

  • Foto do escritor: Turista
    Turista
  • 18 de set. de 2019
  • 2 min de leitura

Minhas Férias


Eu, minha mãe, meu pai, minha irmã, Su, e meu cachorro, Dogman, fomos fazer camping. Meu pai decidiu fazer camping este ano porque disse que estava na hora de a gente conhecer a natureza de perto, já que eu, a minha irmã  e o meu cachorro  nascemos em apartamento, e, até cinco anos de idade, sempre que via um passarinho numa árvore, eu gritava “aquele fugiu!” e corria para avisar um guarda; mas eu acho que meu pai decidiu fazer camping depois que viu os preços dos hotéis, apesar da minha mãe avisar que, na primeira vez que aparecesse uma cobra, ela voltaria para casa correndo, e minha irmã  insistir em levar o toca-disco e toda a coleção de discos dela, mesmo o meu pai dizendo que aonde nós íamos não teria corrente elétrica, o que deixou minha irmã  muito irritada, porque, se não tinha corrente elétrica, como ela ia usar o secador de cabelo? Mas eu e o meu cachorro gostamos porque o meu pai disse que nós íamos pescar e cozinhar nós mesmos o peixe pescado no fogo, e comer o peixe com as mãos, e se há uma coisa que eu gosto é confusão. Foi muito engraçado o dia em que minha mãe abriu a porta do carro bem devagar, espiando embaixo do banco com cuidado e perguntando “será que não tem cobra?”, e o meu pai perdeu a paciência e disse “entra no carro e vamos embora”, porque nós ainda nem tínhamos saído da garagem do edifício. Na estrada tinha tanto buraco que o carro quase quebrou, e nós atrasamos, e quando chegamos no lugar do camping já era noite, e o meu pai disse “este parece ser um bom lugar, com bastante grama e perto da água”, e decidimos deixar para armar a barraca no dia seguinte e dormir dentro do carro mesmo; só que não conseguimos dormir, porque o meu cachorro passou a noite inteira querendo sair do carro, mas a minha mãe não deixava abrirem a porta, com o medo de cobra; e no dia seguinte tinha a cara feia de um homem nos espiando pela janela, porque nós tínhamos estacionado o carro no quintal da casa dele, e a água que o meu pai viu era a piscina dele e tivemos que sair correndo. No fim conseguimos um bom lugar para armar a barraca, perto de um rio. Levamos dois dias para armar a barraca, porque a minha mãe tinha usado o manual de instruções para limpar umas porcarias que meu cachorro fez dentro do carro, mas ficou bem legal, mesmo que o zíper da porta não funcionasse e para entrar ou sair da barraca a gente tivesse que desmanchar tudo e depois armar de novo. O rio tinha um cheiro ruim, e o primeiro peixe que nós pescamos já saiu da água cozinhando, mas não deu para comer, e o melhor de tudo é que choveu muito, e a água do rio subiu, e nós voltamos pra casa flutuando, o que foi muito melhor que voltar pela estrada esburacada; quer dizer que no fim tudo deu certo.


Veríssimo, Luis FernandoO Santinho. Rio de Janeiro.

Posts recentes

Ver tudo
Crônica de um visitante do blog:

O lugar ideal Quem nunca pensou em estar no melhor lugar do mundo?! Para alguns, este lugar pode ser sua própria casa ou o lar de algum...

 
 
 

Comments


Quem somos?!
aloalobahia_turista.jpg

O Papo de Turistas é um Blog criado com fins educacionais, fundado por dois alunos que visam publicar histórias, relatos e peculiaridades de viagens . Informando as experiências obtidas em  cada lugar, como: costumes, comidas típicas, pontos turísticos, bares, restaurantes, boates...

Para que conheça o local com outros pontos de vista.

 

Join My Mailing List

Thanks for submitting!

  • White Facebook Icon

© 2023 by Going Places. Proudly created with Wix.com

bottom of page